segunda-feira, 7 de abril de 2008

Amor Platónico(continuação)


A luz da manha trespassa através do cortinado, abro os olhos lentamente olho para o relógio já é tarde estou atrasada para a reunião, estava tão cansada que não dei pelo despertador tocar, arranjo-me apressadamente, saio de casa a correr como já vinha sendo habito apanho transito mas naquele dia estava uma fila interminável começava a ficar stressada não podia de maneira nenhuma chegar atrasada aquela reunião, carros a buzinar, pessoas a barafustar, todo aquele barulho estava a deixar desesperada, para piorar começava a doer-me a cabeça… definitivamente o dia não tinha começado da melhor forma.
Finalmente chego ao local da reunião, já com uns minutos de atraso, subo as escadas em ritmo acelerado tentado encontrar a sala dos accionistas, quando entro peço desculpas pelo atraso tento me desculpar de mil e uma maneiras enquanto retiro a papelada necessária para a apresentação do projecto, chega a hora de almoço e é me sugerido fazer uma pausa para almoçar, bem embora não tenha muita fome aceito a sugestão pois reparo que aquela reunião estava a ser um pouco saturante, os accionistas retiram-se, fico a imaginar uma nova forma de cativar os accionistas a empresa não pode de maneira alguma perder este grande investimento… releio-o o projecto tentando encontrar uma solução alternativa, não me surge nada, entre aqueles pensamentos rodeados de trabalho relembro aquele homem que me olhava furtivamente e de repente surge me a alternativa necessária para reverter a situação daquela reunião, talvez não seja a maneira mais ética mas vale a pena tentar pelos belos milhões. Abandono a sala em direcção ao WC. Começo o processo de transformação desaperto um pouco o cansaço, subo um pouco a saia, solto o cabelo, retoco a maquilhagem para me tornar mais provocante e “voilá”, pronta para matar, entro na sala espero pelo regresso dos accionistas, quando entram noto o espanto reflectido nos seus rostos, recomeço a apresentação sempre acompanhada pelo um burburinho de fundo, reparo haver mais entusiasmo no projecto, encosto-me a mesa cruzando as pernas todo o meu eu é reflectido no enorme espelho daquela sala, já com o fim da reunião começo a torna-me mais provocante, naquele instante sentia que o investimento já era um dado seguro, dou por terminada a reunião e despeço-me individualmente de cada um deles para ter a certeza que nada falha.
Já dentro do carro há que uma vez mais enfrentar o infernal transito de final de tarde, passado 1h finalmente o regresso a casa encho a banheira de espuma tomo um belo banho para relaxar, lentamente vou passando a esponja pelos contornos do corpo, retiro o excesso de espuma, enrolo a toalha sigo em direcção ao quarto, estava bastante calor os dias quentes de verão tinham finalmente chegado, visto algo fresco e caminho até a sala, aproveito para repousar, o sol já se põe, começa a anoitecer e aquele calor infernal que se faz sentir começa a incomodar vou até a varanda apanhar um pouco de ar, aproveito para colocar a leitura em dia, mas não consigo evitar de olhar para a varanda da frente, olho vezes sem conta a espera que ele apareça, não teria de esperar muito mais tempo, finalmente ei-lo desta vez mais provocante que nunca com a t-shirt pelo ombro, bem não havia duvida que ele sabia como provocar, manteve-se ali durante algum tempo, tempo suficiente para me seduzir mas desta vez foi ele que abandonou a varanda em acto de provocação pela noite anterior…

sábado, 5 de abril de 2008

Amor Platónico(continuação)


1 semana depois...

Já com o meu espaço organizado, mas com muito trabalho entre mãos fruto de uns dias de "descanso", era hora de recuperar o tempo perdido, com toda aquela papelada acumulada, não sabia por onde começar, foram dois dias e noites intensivas compensadas com umas pequenas pausas para um café, final de tarde o sol desaparecia no horizonte, o meu corpo começava a ressentir-se daquele esforço, precisava de parar, levantei-me da secretaria para esticar um pouco as pernas já duridas daquela posição, sinto-me desvanecer, rapidamente me volto a sentar agarrando-me com força a secretaria, julgo ter sido uma perda de sentidos talvez derivado ao cansaço, espero passar, desta vez levanto-me muito lentamente..

Preparo um lanche bem nutritivo para recuperar forças, caminho em direção a varanda para aproveitar o final de tarde, terminado o lanche, estendo-me um pouco ao comprindo aproveitando o balancho da rede, a fadiga é tanta que acabo por adormecer umas horas, acordo atordoada, mas já com algumas das energias repostas, decido colocar-me de pé para poder apreciar melhor aquele céu com poucas estrelas mas com uma lua cheia magnifica, fico ali varios minutos, qual não é o meu espanto quando paro de olhar e noto que estou a ser observada, pela expressão daquele homem todo o meu corpo estava perante um examinar com atenção e minúcia, não me retiro porque começo a achar todo aquele jogo bastante interessante, quando os olhares se cruzam sinto o seu olhar desmedido perante mim, talvez movido pela curiosidade faz um gesto convidativo, finjo não ver e aproveito para me retirar.

Volto para dentro, demoro a adormecer.

(continuação)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Amor Platónico


Chegara a altura de iniciar uma nova etapa na minha vida.
Rodo a chave, abro a porta e entro naquele espaço ainda vazio, havia muita coisa a fazer para aquele se tornar o meu espaço, no entanto adorava a enorme vidraça que dava acesso a varanda e que iluminava a ampla sala, caminhei em direção a varanda desviando e tropeçando naqueles caixotes ainda amontuados, por momentos fecho os olhos sinto uma leve brisa enquanto vou ouvindo os sons que me rodeiam, invadida por um arrepio abro os olhos lentamente, aprecio tudo ao meu redor tentando fixar aquelas novas imagens, verifico o movimento apressado de cada pessoa, mas meu olhar foca especialmente aquele homem persigo atraves de um olhar todos os seus movimentos, vejo-o entrar na casa em frente com um grande a vontade suponho que seja meu vizinho, retorno para a sala começo a desempacotar aqueles enormes caixotes não dou pelo tempo passar, a noite já caiu e sinto o corpo durido, levanto-me para preparar algo para comer procuro nas parteleiras mas só encontro um pacote de bolachas, volto para a sala para continuar a arrumação dos caixotes, olho para a janela e vejo a luz acesa aproximo-me, dirijo-me para a avaranda e observo aquilo que parecem ser movimentos de um corpo masculino ofuscado por um cortinado, a luz se apaga, já se faz tarde voltei para dentro para descansar...

CONTINUAÇÃO